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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

25 a 30/10 – a volta para casa

Nesse dia iniciamos a volta para casa, como disse antes a saudade de casa estava começando a incomodar, mas consegui controlar o meu estado psicológico com isso já que levaria dias para chegar em casa. Essa é a pior parte da viagem já que é comum nessas condições ter pressa para chegar em casa, a ida é exatamente o contrário, costuma ser bastante prazerosa. Mas também consegui me auto controlar nisso, não tendo pressa e viajando na mesma velocidade de cruzeiro dos dias anteriores.
No dia 25 pretendíamos pernoitar em Rivera, cidade do Uruguai que faz fronteira com o Brasil, exatamente com a cidade de Santana do Livramento, mas apenas paramos por lá para comprarmos algumas coisas já que lá são baratas e livre de impostos, nos famosos “free shop”, e depois seguimos para pernoitar em Santa Maria - RS. E sobre essa fronteira específica, não tinha controle nenhum de entrada e saída nos dois lados, ao contrário do Chuí que era bem controlada nos dois lados. Com a aduana de Rivera fechada (num sábado) não fizemos nenhum trâmite de saída e fomos embora, e no lado Brasileiro não avistamos nenhum posto da Polícia Federal, enquanto que o da Receita Federal também estava fechado.
No dia 26 rodamos o dia todo e conseguimos chegar para pernoitar em Piraí do Sul – PR. Nesse dia percebemos que a corrente da minha moto começava a fazer barulho, parei para olhar e vi alguns retentores estourados porém os roletes estavam bons, mas mesmo assim fiquei com medo da corrente quebrar mesmo com a corrente reserva no baú.
No dia 27 tocamos para rodar o dia todo também, e resolvi me despreocupar com a corrente e pensei: se era pra quebrar já tinha quebrado. Só tomei o cuidado de lubricar mais e olhar mais vezes para o aperto da corrente. Rodamos até de noite em Goiânia, cidade do Paiva, enquanto eu já havia acertado com o Henrique, amigo meu do fórum XRE online, que meu deu o endereço da sua casa para me receber.
Já no dia 28 resolvi ficar em Goiânia para trocar o kit transmissão da moto e no restante do dia passear por lá. O Luiz, outro amigo meu do fórum dos Highlanders, resolveu me acompanhar o dia todo na cidade, fomos no mecânico que ele indicou e depois fomos visitar as concessionárias da Harley e da Triumph, e pra finalizar o dia visitamos o Autódromo. Já a noite juntamos toda a turma dos Highlanders Goiás e mais o Henrique e o Guto, do XRE online e ficamos jogando conversa fora num bar.
Nos dias 29 e 30 foram os dias finais dessa viagem. Dia 29 andei a maior parte do tempo debaixo de chuva, por isso em alguns momentos tive que diminuir a velocidade de cruzeiro, mas consegui chegar em Araguaína – TO de noite, onde mais uma vez tive um ótimo apoio do amigo e irmão João, do M.G. Gaviões do Asfalto. No dia seguinte toquei num ritmo mais rápido que o anterior já que o dia todo estava ensolarado, por volta de 3 da tarde cheguei em Mãe do Rio – PA e almocei no restaurante do meu amigo e irmão motociclista Ray. O mesmo já estava fechado mas ele fez questão de me esperar, e não quis me cobrar nada também, só me cobrou o refrigerante depois de muita insistência. Ainda ficamos conversando por um tempo e depois me despedi indo no rumo de casa.

Cheguei em casa por das 19 horas, primeiramente agradeci a Deus e a Nossa Senhora de Nazaré pelo sucesso da viagem e por ter chegado bem e da mesma forma que saí no dia 13/10. Aproveito também para agradecer a TODOS que me acompanharam e me apoiaram seja com um simples incentivo de forma real e/ou virtual, me recebendo em sua casa ou me levando na oficina e em outros lugares que precisei, não vou citar nomes porque sempre esqueço de alguém, por isso não quero cometer essa injustiça.







Total de KM rodados: 10838,7

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

24/10 – Décimo segundo dia

Nesse dia o objetivo era ir para a cidade de Colonia del Sacramento, cidade histórica do Uruguai e considerada pela UNESCO um dos patrimônios culturais da humanidade, que também foi colonizada por portugueses por um certo período. Essa cidade é bastante visitada também por ter uma certa proximidade de Buenos Aires, já que igual a Montevidéu tem também uma estação do Buquebus, empresa de navegação que faz o transporte de veículos e passageiros para Buenos Aires-ARG, com a diferença de Colonia o percurso durar 1 hora e de Montevidéu são 3 horas.
Chegamos de manhã por ter uma certa proximidade de Montevidéu, e tiramos o dia para conhecer e também descansar um pouco. Colônia também vale a pena ser conhecida, tanto pela sua parte histórica como também pela sua bonita orla com boas praias, a agitação de Montevidéu deu lugar a tranquilidade de Colônia. Sobre o hostel, em Montevidéu se repetiu em Colônia, fomos no primeiro até tinha vagas mas era mais caro, já no segundo (El Español, ficamos nesse) era mais barato. Resolvemos que as nossas motos pernoitariam na frente do hostel já que a cidade é tranquila, mas mesmo assim para não ficarmos inquietos (e por sermos brasileiros rsrs...) a noite prendemos uma moto na outra com cabo de aço.
Existia a possibilidade de no dia seguinte visitarmos Buenos Aires e voltaríamos no mesmo dia, tudo isso via Buquebus. Mas o Paiva preferia inicia a viagem de volta alegando estar com pouco dinheiro, no meu caso talvez até daria para ir mas a saudade de casa e da família começava a bater, sendo assim tomei a mesma decisão que ele e deixei a capital argentina para outra oportunidade, quem sabe com a patroa e a patroinha de avião. Outro fator que levei em consideração é que não seria possível conhecer bem Buenos Aires em apenas 1 dia.

Gostei muito de visitar o Uruguai, como num comentário que eu vi pelo facebook: Não dá vontade de sair de lá! Isso é possível de acontecer mesmo, no meu caso não aconteceu porque o bolso se esvaziando e a saudade de casa começando a bater falaram mais alto. Também gostei do seu povo, fui na curiosidade de ver um povo diferente fisicamente mas vi muitos com semelhanças parecidas com as brasileiras, mas nisso o que mais gostei foi a semelhança com o brasileiro em relação a simpatia, eles são simpáticos e bem receptivos também, e vale lembrar que em muitos países do mundo existem pessoas que são o contrário. Em vários lugares que visitamos nós éramos recebidos com um “Bom dia, Boa tarde”, e não com um “Buenos dias, Buenas tardes”, e também recebíamos um “obrigado” como agradecimento e não “gracias”. Infelizmente, pela impressão que eu tive, eles estão atrás Brasil, vendo na rua uma frota maior de carros e ônibus velhos do que no Brasil, e motos aqui nós costumamos ver em maior quantidade motos de duas fábricas japonesas, enquanto lá vemos muitas motos de origem chinesa, quem são consideradas de menor qualidade de que as japonesas. Motos grandes vi poucas, umas três em Punta, um grupo de jaspeiros (motos esportivas) e um grupo de motos custom americana em Montevidéu, e também não vi nenhuma moto igual a minha e igual a do Paiva. Mas se for avaliarmos somente as rodovias, eles estão igual ao Brasil, com rodovias boas e também com rodovias ruins. Porém apenas uma rodovia em que passamos não tinha asfalto, e apenas outra estava com o asfalto irregular em alguns trechos, mas arisco a dizer que em mais de 80% do que percorremos estava com piso ótimo, e se avaliarmos somente as cidades que visitamos esse índice seria mais de 90%. Outra coisa que eu gostei é que ao menos nos pedágios em que passamos moto não paga, já no Brasil em alguns pedágios paga.

 Rodovia de acesso à Colonia



















 Almoço do dia: Salmão
















 Janta: tradicional "chivito" uruguaio.


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

23/10 – Décimo primeiro dia

O destino do dia hoje é a capital do Uruguai, Montevidéu. Acordamos cedo e fomos para lá, fica perto de Punta uns 150 KM.
Na rodovia percebo que o Paiva parou, e como andávamos junto também parei. Minutos depois ele chega com o seu colete refletido já vestido e me diz que na região que em estávamos indo  a fiscalização para o uso desse colete é maior, e eu não sabia disso. Confirmamos isso com moradores locais e fui numa loja de moto peças e acessórios, e comprei o colete. Aproveitei e comprei também uma lata de spray lubrificante de corrente que é bem conceituada, no Brasil custa de 50 a 80 reais e lá estava custando 37!
Chegamos na capital e o rumamos logo para um hostel que o Paiva tinha marcado no seu GPS, a tranquilidade de Punta deu lugar a agitação de Montevidéu. Pelo menos nas partes em que passamos a cidade se mostrou bonita, e alguns minutos depois chegamos no hostel, o “Che Lagarto”, mas nesse não tinha vaga. Fomos para outro também na área central, o “Planet Hostel” que além de ter vagas ainda era mais barato. E como não tinha estacionamento achamos outro por perto, custou 150 pesos por 12 horas.
Depois de deixar as nossas tralhas no hostel, fomos aproveitar para passear. Aproveitamos primeiramente para visitar o estádio Centenário e o seu museu, depois fomos para o Mercado Municipal, onde almoçamos em uma das churrascarias de lá, e de lá passeamos pelo centro e suas atrações, como a sede da presidência nacional.
Depois descansamos um pouco no hostel e voltamos para passear, dessa vez em cima das motos, um desses locais foi a sua extensa orla marítima. Podemos comprovar que Montevidéu além de bonita é também uma cidade boa de morar, não achei o trânsito tão caótico como das nossas capitais e também é um lugar onde é possível andar tranquilo de madrugada segundo informação da atendente do hostel que ficamos em Colônia (dia seguinte...), já no Brasil tem lugares que não é. Se por um acaso eu tivesse um convite de emprego temporário por lá, iria tranquilamente.
E uma das curiosidades do Uruguai que me chamou atenção foi o fato de que você pode tranquilamente tomar água das torneiras, a água encanada de lá é de boa qualidade, ao contrário do Brasil onde costuma ser diferente e ainda corre um sério risco de quem bebe parar num hospital.
E também isso que aconteceu no Mercado Municipal não pode passar despercebido: Fomos abordados por um garçom de um dos restaurantes, ele me perguntou de onde era e disse que era de Belém do Pará, aí ele perguntou:
- Você torce pro Remo ou pro Paysandu?
- Paysandu – eu disse – tu conhece né?
- Claro! Até o Peñarol veio aqui pra aparecer!

Você que está lendo pode achar besteira, mas eu como torcedor do Paysandú achei fantástico! Meu time de coração é mais conhecido que o rival hehehe. Para quem não sabe, o que o garçom disse do Peñarol é um trecho do hino do Clube, e isso de fato aconteceu já que décadas atrás o Peñarol, depois de ser campeão mundial, jogou um amistoso com o Paysandu e perdeu.

 Tanto no Pará como no Uruguai tem o balneário de Salinas rsrs...



 Montevidéu, estado Centenário
























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