Para pegar a primeira balsa do dia caímos da
cama umas 6 e saímos umas 7 da matina. Atravessamos a balsa e em Rio Grande aguardamos
no porto da balsa o Everton, motociclista da região. Ele é amigo do Jajá (e
agora meu amigo também), motociclista que também conheci aqui em Belém ano
passado durante a sua viagem que foi até o Oiapoque, margeando o litoral
brasileiro. Infelizmente o Jajá não estava lá, estava em Blumenau-SC, mas
quando liguei no dia anterior pra ele o mesmo avisou logo o Everton, que
prontamente me ligou e combinamos tudo para esse dia.
Do porto da balsa seguimos para uma
concessionária para trocar o óleo da minha moto e repor o parafuso do dreno do
óleo que se perdeu no dia anterior. O Everton me aconselhou a fazer a carta a
verde e trocar alguns reais por pesos uruguaios por lá mesmo, e foi o que fiz.
Mas antes, após o serviço na concessionária, demos uma rápida passada na sede
do Moto Grupo Rio Grande, o Paiva e o Santinho me esperaram por lá enquanto o
Everton me levou para fazer o que ele recomendou. A carta verde pode ter
custado mais barato por lá, custou 59 reais para permanência no Uruguai de até
7 dias, para quem não sabe esse documento é valido em todos os países do
Mercosul. Já os pesos troquei na cotação de 1 real para cerca de 8,2 pesos, o
que depois vi que não foi um bom negócio. Vi que seria melhor trocar apenas 100
reais por pesos ao invés de ter trocado 300 reais, e se preciso deixaria para
trocar na capital Montevidéu onde tinha a melhor cotação, 1 real para 9,1
pesos. Se você for para Uruguai não precisa trocar tudo e sim só um pouco de
real, por lá a moeda brasileira é aceita em vários locais.
Voltamos a sede do MG e nos despedimos da
turma que estava por lá para entrar no Uruguai. A estrada que leva para a
cidade de Chuí estava boa, como todo o caminho por onde passamos até aqui,
contava com algumas obras e também tinha looooongas retas e poucas curvas, e
também tinha vários trechos de bonitas paisagens com adicional de passar dentro
da Reserva Ecológica do Taim.
Chegamos no Chuí e entramos na avenida em que
se situa a fronteira dos dois países, de um lado é o Brasil e do outro o
Uruguai, e por curiosidade a cidade do Uruguai tem o mesmo nome mas com grafia
diferente, Chuy. Logo procuramos um local para abastecer e que também ficava no
lado brasileiro dessa avenida, já que a gasolina era mais barata no Brasil, e
de lá me despedi do Santinho, que pretendia apenas ir até as fronteiras, mas
ele acabou entrando no Uruguai, por poucos metros mas entrou.
Entramos no Uruguai e logo paramos na aduana para os trâmites legais, o trâmite foi rápido já que estávamos com o que era preciso (documento da moto no meu nome e sem estar alienada, RG com menos de 10 anos de emissão e Carta Verde). Depois aos poucos começava a ver as
diferenças de lá com o nosso país, me acostumando gradativamente com a nova
atmosfera. Chegamos na entrada do parque de Cabo Polônio a tempo para contemplarmos
de lá o por do sol, estacionamos a nossas motos (moto não paga!), separamos as
nossas coisas da moto para levar e outras ficaram por lá. Pegamos o caminhão
adaptado para transporte de passageiros para chegar lá, já que só é permitido a
entrada de automóveis traçados e de moradores locais do parque. A hospedagem
foi em um hostel, e no Uruguai decidimos por essa opção de hospedagem por ser
de baixo custo, e não nos arrependemos, penso da seguinte forma (acho que o
Paiva também): Se você quer conforto então é melhor ficar em casa mesmo.
Já a noite fomos num pequeno restaurante, e
resolvemos pedir a famosa “hamburguesa”, o hambúrguer deles. Conversando com a
garçonete sobre o pedido eu falava pouca coisa de espanhol e o Paiva menos
ainda, queríamos saber se o sanduíche vinha com salada, e acabou que ela trouxe
as hamburguesas como pedimos, mas a salada veio em um prato separado. Rimos
discretamente dessa situação e acabamos por comer a salada misturado com a
hamburguesa.
Algumas fotos tiradas no Uruguai foram tiradas
pelo Paiva, e as outras logicamente por mim mesmo.
E para entender melhor os custos nesse país, a
cotação atual é de 1 real para cerca de 10 pesos.
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